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Fundado em 1997, o Instituto Inclusartiz é uma organização cultural não governamental sem fins lucrativos. A sua missão é promover a arte contemporânea através da formação de artistas, curadores e pesquisadores em diferentes fases das suas carreiras, com o objetivo de promover a integração social, a diversidade cultural, a sustentabilidade ambiental e a colaboração entre instituições, organizações e agentes da indústria. Desde 2021, o instituto tem sua sede na Gamboa, no centro do Rio de Janeiro, região que durante a colônia foi um importante centro de tráfico de pessoas escravizadas e hoje é uma área fundamental para a formulação da identidade cultural e reparação histórica não só para o Brasil, mas para toda a América.

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Marcela Cantuária (Rio de Janeiro, 1991) é uma das jovens pintoras mais destacadas de sua geração no Brasil. Conhecida por suas pesquisas, que entrelaçam imagens históricas do mundo da política com representações da cultura visual contemporânea, ela elabora narrativas de confronto com as estruturas sociais do Sul Global. Sua produção é marcada por um profundo interesse pelas emergências climáticas e pelos processos de violência contra ativistas ambientais latino-americanos, debatendo a continuidade dos processos históricos de subjugação colonial. Depois de criar vários murais que se espalharam pela cidade do Rio de Janeiro, em 2021, Cantuária foi selecionada pelo Instituto Inclusartiz para realizar obras públicas, juntamente a iniciativas de educação ambiental, no nordeste do Brasil, em Cajueiro da Praia, Piauí, um área de conservação que abriga um dos maiores refúgios de peixe-boi (Trichechus manatus) da América Latina, buscando assim, por meio da arte e da educação, contribuir para a conscientização sobre a importância de proteger essa espécie ameaçada de extinção.

O Instituto Inclusartiz tem o prazer de apresentar A invocação do passado na velocidade do agora, o primeiro trabalho realizado em residência artística na Europa pela artista, a qual, através da pintura, cria intersecções entre a história espanhola e a sabedoria latino-americana ancestral. Reunindo registros do Arquivo Regional da Comunidade de Madrid, onde em 1955 vemos crianças no pátio da prisão feminina que era a mais povoada de Espanha (La cárcel de Ventas) e María Sabina (1894 — 1985), curandeira e xamã do povo indígena Mazateca. Uma composição marcada pela retomada do protagonismo contra a expropriação da memória e dos recursos naturais latino-americanos, rompendo assim os limites do imaginário colonial.

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Acompanhamento curatorial de Aldones Nino.

Assessor de formação e educação do Instituto Inclusartiz.

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